Será que em 2022 teremos internet mais segura para crianças? Semelhante ao que já fazem YouTube e Netflix, Instagram quer oferecer alternativas para pais e filhos utilizarem a plataforma.

No ano passado a Dagaz Influencer publicou um artigo onde refletimos sobre o papel que as crianças ocupam no mundo virtual e na publicidade.

Essas questões vieram embaladas pelo escândalo do Wall Street Journal, que acusa o Grupo Meta de saber que suas redes sociais eram tóxicas para as crianças.

A corporação desmentiu o veículo e, desde então, vem desenvolvendo uma série de ferramentas para reverter a crise de imagem.

Por exemplo, o Instagram anunciou que vai lançar novos recursos em março deste ano, para pais se incluírem e terem maior controle sobre a experiência dos filhos de 10 a 12 anos na plataforma.

No segundo semestre de 2021 o Instagram removeu mais de 600 mil contas que foram identificadas como sendo de menores de 13 anos.

Mais recentemente…

O STJ determinou que as plataformas devem excluir conteúdos ofensivos a menores de 18 anos, mesmo sem ordem judicial.

A decisão veio depois de negado o recurso do Facebook que questionava a condenação da rede social por não ter removido uma postagem contendo a imagem de um adolescente e seu pai.

O teor do conteúdo afirmava que o pai cometia atos de abuso e pedofilia contra o menor. E a postagem feita com a imagem do adolescente, foi veiculada sem a autorização de seus responsáveis.

A acusação pela qual a rede social responde é de violação grave à imagem do menor.

Com a decisão, as plataformas digitais passam a ser obrigadas a remover esse tipo de conteúdo assim que receberem a denúncia, mesmo sem ordem judicial. E caso não removam a postagem, poderá ter que indenizar o prejudicado .

O Instagram agiu

Poucos dias antes, Adam Mosseri, head do Instagram, pediu ao congresso norte-americano a criação de um órgão que ajude as redes sociais a se tornarem ambientes mais seguros para crianças e adolescentes.

O pedido foi ao encontro dos recentes esforços da rede social em implementar ferramentas de controle parental para melhorar a experiência das crianças no Instagram.

Sei que afastar os filhos do celular tem sido um desafio muito grande para vários pais, especialmente no período das férias escolares.

Mas precisamos entender que as crianças de agora já nasceram em um mundo completamente conectado.

Os caminhos mais seguros, certamente são os de ensiná-los a conviver com a tecnologia e as redes sociais, sem minar seus acessos por completo.

Em resumo, acredito nos esforços do primeiro setor para legislar sobre medidas protetivas em prol da criança e do adolescente. Como resultado, força as redes a criarem ambiente virtual mais seguros.

Assim como a mudança na abordagem por parte das famílias têm tudo para criar um novo cenário para os próximos anos.