BBB vs Creators: Como o reality está impactando o mercado dos criadores de conteúdo?

O Big Brother Brasil passou de um dos realitys de maior sucesso do país a uma grande vitrine de influenciadores, refletindo em vários níveis do setor de criadores de conteúdo.

Podemos observar que, mesmo antes da saída da casa, onde os brothers colheram os frutos de sua participação, os seus posicionamentos e vivências já causam forte influência no público.

Falando da edição atual

Temos a já influenciadora Jade Picon, servindo looks caríssimos que estão inspirando a criação de conteúdo de outras creators, que investem em reels e tiktoks analisando e precificando as roupas da sister.

Ou seja, não é necessário nem mesmo estar na casa mais vigiada do país para aproveitar a visibilidade do programa e crescer nas redes sociais.

E participar do BBB pode ser interessante para criadores de conteúdo lifestyle, por exemplo, se eles entenderem o programa como uma forma de alavancar suas carreiras.

Vale também pensar no quanto esses creators poderão aumentar em seu valor de mercado após a saída da casa. Mas isso depende principalmente de como eles vão se posicionar no programa.

Observações

O endosso, a autoridade, aumenta com a superexposição, porque o que eles têm a dizer alcança muito mais pessoas e dá a possibilidade de dialogarem com públicos ainda inexplorados.

Outra observação feita por Raphael Dagaz, founder da Dagaz Influencer, é que a superexposição gerada pelo reality tira os brothers e sisters de suas zonas de conforto, os levando a ocupar novos espaços de mídia.

“Eles saem da sua bolha e entram no mainstreaming, se inserindo em outros setores como a TV”, pontua.

Ou seja, se pensarmos nos novos contornos que o marketing de influência vem ganhando, com a Creator Economy, mais em ascensão do que nunca, trabalhar a imagem dos criadores além da rede social é muito valioso.

Explorar outros espaços de mídia, aumentando a notoriedade e a credibilidade dessas personalidades, gera, por consequência, um aumento do valor de mercado dos criadores.

E a regra serve tanto para os famosos, como para os anónimos, ou Pipocas, que saem da casa surpreendidos com a avalanche de seguidores que conquistaram durante a permanência no reality.

Juliette

Campeã da edição 2021, teve um momento out da TV após a saída do BBB, devido ao processo de negociações com as marcas e emissoras.

E essa espera alavancou ainda mais o valor de mercado da atual influenciadora e cantora.

Já Gil do Vigor saiu da casa fechando várias publicidades e faturou o valor do prêmio, R$ 1,5, em muito pouco tempo.

Agora, se falarmos dos participantes que entraram conhecidos na casa, temos o exemplo da empresária Bianca Andrade, a Boca Rosa.

Ela se envolveu numa polêmica ao abraçar o lado dos meninos e se posicionar contra as meninas na casa.

Estratégica, a influenciadora, que já tinha intimidade com o meio, usou a polêmica a seu favor ao sair do programa. Resultou no fortalecimento da sua marca pessoal e sua empresa, ainda mais.

E onde entram as marcas nessa jogada?

No Marketing de Influência, nós temos de um lado, criadores de conteúdo, com posicionamentos claros em contato com marcas que defendem os mesmos valores.

E de outro, temos um público consciente que exige das marcas posicionamentos assertivos contra atitudes negativas de seus embaixadores.

A matemática é simples: entender o BBB como uma vitrine de influenciadores em potencial ajuda as marcas a identificarem quem se aproxima mais dos seus valores.

Usando os exemplos citados

Certamente, temos Juliette como ícone de todas as edições do programa, carregando valores como humildade e perseverança.

Gil vem acrescentar às marcas mostrando que é possível ser um estudioso de economia, ao mesmo tempo que é super bem humorado. Afastando a imagem caricata do setor financeiro do imaginário do público consumidor.

E Bianca ensina que nem todo cancelamento é eterno. Que é possível aprender com ele e sair do centro de uma polêmica ainda mais fortalecida.

Mas, fica o alerta para as marcas: nem toda barra é fácil de limpar, aproveitar polêmicas dos participantes para gerar engajamento pode custar muito. E já sabem, a audiência cobra!