Podcast: pandemia impulsionou consumo de conteúdos de áudio. Efetivo em anúncios, os conteúdos de áudio tem muito a oferecer às marcas.

Uma pesquisa da Nielsen com a Acast aponta que 52% dos estadunidenses, ouvintes de conteúdos de áudio, passaram mais tempo em contato com podcasts no segundo semestre de 2021.

A mesma pesquisa descobriu que outros 41% dos ouvintes pretendem intensificar o consumo desse formato de conteúdo agora em 2022.

Esses números sugerem que os podcasts tiveram um crescimento significativo, frente a outras mídias, incluindo audiobooks e rádios online.

Efetividade

Nos canais de podcast, o público é mais receptivo com os anúncios, e o poder de conversão é 5 vezes maior do que em outras mídias, segundo o levantamento da pesquisa da Nielsen/Acast.

Ou seja, além de os anúncios incomodarem menos, os ouvintes estão mais abertos à influência publicitária.

Também pode contribuir o fato de o público dessa mídia ser majoritariamente jovem (18 a 43 anos), e ativo no mercado de trabalho e, por isso, com maior acesso ao consumo.

E tem mais: nos podcasts, a propensão de continuar acompanhando programas mais longos também é maior.

O número de entrevistados que afirmam permanecer conectados pelo menos até a metade do produto é de quase 60%.

Os anúncios em podcasts, especialmente os mais longos, contribuem fortemente para o aumento do brand awareness, da conversão de compras e da taxa de recomendação a terceiros.

E as expectativas são otimistas: a previsão da Interactive Advertising Bureau é de que a receita em anúncios alcance 2 bi de dólares até 2023, só nos EUA.

Possibilidades

O público se divide bem entre os conteúdos que consomem nas plataformas de áudio. Entre as preferências estão:

  • entrevistas com convidados;
  • humor;
  • notícias;
  • painéis de discussão e debates.

Mas a produção de conteúdo ainda é baixa. Menos da metade dos canais de podcasts publicam semanalmente.

Por isso, pode haver a sensação mista de escassez e saturamento, com um leque pouco diverso de nichos e pautas sendo explorados.

Certamente, não necessariamente é ruim para o mercado de creators. É o indicativo de que há muitas oportunidades a serem criadas e exploradas.

A pandemia estimulou a procura por tecnologia e impulsionou o comércio das tvs conectadas, ou smart tvs, ampliando o número de dispositivos com acesso à internet nos lares de todo o mundo.

Diversidade

Os dados demonstram um crescimento exponencial de consumidores multiculturais. Ou seja, assim como no caso dos conteúdos de vídeo, há um público crescente de pessoas não-brancas consumindo podcasts.

O que reforça o apelo às marcas a incluírem pessoas diversas em suas ações com influenciadores.

Mas fica um questionamento: de que forma é possível pautar a diversidade em anúncios que não se pode ver?

Seria interessante começar pelo óbvio: anunciar em canais de podcasters que trazem esse discurso aos seus produtos.

Para além do fato de o público jovem dominar os acessos a conteúdos de áudio, o público adulto (25 – 54 anos) foi o que mais cresceu (+29%) entre 2020 e 2021.

  • +42% de adesão de latinos e hispânicos (25-39 anos)
  • +34% de adesão de pessoas negras (25-39 anos)
  • +50% de adesão do público asiático (25-39 anos)

O que podemos dizer é que 2022 será um ano de ainda mais crescimento no setor, com o retorno de algumas atividades presenciais, e o público perdendo tempo de tela.

Com podcasters de nicho, como o Na Fila do Drop e Escolha Segura, do casting Dagaz Influencer, o público tem a possibilidade de consumir conteúdos especializados, com maior nível de profundidade, enquanto se ocupa de todas as demais atividades rotineiras.

E você, já foi influenciado por um anúncio de marca enquanto ouvia seu podcast favorito? Você acredita que conteúdos de áudio podem fortalecer e credibilizar campanhas de marcas?