Web3 pode se tornar o cenário ideal para a economia criadora.

Com novas tecnologias, usuários e creators protagonizam novas mudanças nos padrões de criação, consumo e propriedade de conteúdos digitais.

Mas primeiro, vamos começar pelo mais prático…

O que é, de fato, essa tal Web 3.0?

Sem uma tradução universal, o termo se refere aos parâmetros que desenham a chamada “nova internet”. É uma nova era para os usos e aplicações dos serviços do universo digital, com impactos diretos nas relações interpessoais.

A web, dividida em três gerações: 1.0, 2.0 e 3.0, ilustra também o papel do consumidor ao longo dos anos.

Na década de 80, com a web 1.0, o consumidor apresentava um perfil passivo, tendo acesso (limitado) somente ao que era publicado na Internet.

Nos anos 2000, o movimento é outro: atrair os usuários para dentro da Internet, para consumir e criar conteúdos, mas principalmente se conectar com pessoas. É a chamada web 2.0.

Uma das características da web 3.0 é exatamente o que já havíamos sinalizado em publicações anteriores, sobre o futuro da economia criadora: pessoas se tornando sócias-proprietárias de negócios ou produtos digitais, através de NFTs.

Os novos padrões de consumo e relacionamento com o virtual também implicam em seus usuários uma maior preocupação com a proteção de dados, diminuição do interesse por publicidade direta e o desenvolvimento de novos ambientes e experiências unicamente digitais.

Creator Economy

Na web 3.0, ou Web3, a criação de conteúdo pode alcançar novos níveis, não se limitando apenas a conteúdos audiovisuais ou de texto.

Com a expansão dos chamados “metaversos”, espera-se que a web3 proporcione experiências como shopping, viagens, festas…

E lógico, todo esse “universo” precisa de desenvolvedores, marcas e pessoas criando itens para alimentar esses ambientes e serem consumidos pelos usuários. Como a RTFKT, famosa marca de tênis virtuais, que chamou a atenção da gigante Nike, até adquiri-la recentemente.

Ou seja, além de haverem novas possibilidades para a criação de conteúdo nessa nova internet, há a demanda de consumidores por esses produtos.

Por um lado, temos pessoas criando, consumindo e se tornando proprietárias de bens virtuais. Do outro, temos tecnologias como as blockchains, que garantem que os criadores e seus sócios sejam, de fato, pagos pelas suas criações em tempo hábil.

As redes sociais estão ensaiando mudanças

Se há algum tempo vimos Adam Mosseri afirmar que o Instagram estava explorando as NFTs e maneiras de torná-las mais acessíveis a todos, agora vemos a rede social experimentando ferramentas que podem tornar isso possível.

Recentemente, a rede social anunciou uma ferramenta que permite taguear um criador de conteúdo em uma publicação, possibilitando que este seja devidamente creditado pela sua criação ou envolvimento no processo criativo.

Web3 também traz preocupações

Pesquisadores e colunistas se mostram preocupados com a possível dependência que a web3 pode criar sobre os usuários, através do uso de tecnologias de inteligência artificial.

Certamente, o relacionamento cada vez mais “humano” entre pessoa e computador promete facilitar a vida do homem na Internet. E, assim, liberá-lo para se ocupar de atividades realmente importantes, como aproveitar um momento em família,

Por outro lado, analisa-se a possibilidade desse tipo de interação gerar ainda mais dependência humana das tecnologias, que prometem pagar contas e agendar consultas para os usuários, por exemplo.