Com o aumento da adesão dos usuários por bloqueadores de anúncios, impacto na publicidade de marca favorece o marketing de influência.

Os anúncios digitais, há muito, vinham sendo um dos principais espaços de comunicação entre as marcas e seus públicos.

Contudo, o avanço dos ad blockers (no mundo, mais de 700 milhões de aparelhos utilizam essas ferramentas) começou a impactar negativamente os resultados dos anúncios, obrigando as marcas a repensarem suas estratégias.

Numa dessas, o marketing de influência se destacou, e vem se mostrando como uma das principais e mais atrativas formas de se fazer publicidade de marca, sem incomodar o público.

Mas, como assim?

Primeiro, precisamos lembrar que a adesão dos usuários por bloqueadores de anúncios tem uma causa muito clara: 64% dos usuários de internet afirmam que “os anúncios são irritantes”.

Isso não significa que o público odeia marcas. 83% dos usuários não desprezam os anúncios por completo. Eles apenas gostariam de se livrar daqueles que são incômodos, como quando cobrem o conteúdo, ou interrompem sua música favorita.

E qual a solução?

O Chrome, por exemplo, em sua nova versão, Chrome 99, foi projetado para limitar a ação dos bloqueadores de anúncio no navegador.

Mas isso não parece ser a solução para a insatisfação do público, que é interrompido no meio do show da sua banda preferida, para ouvir um anúncio sobre um curso de MBA.

Durante a pandemia, com a ascensão das lives, as marcas encontraram uma opção de inserir branded content durante a programação, sem interrompê-la, e ainda usavam do poder de influência do apresentador ou do artista para impulsionar seus produtos.

Do mesmo modo, o marketing de influência atua, principalmente através das redes sociais, como ponte entre criadores de conteúdo e marcas. E estes, por sua vez, são o braço que alcança o público.

Os criadores de conteúdo são especialistas quando o assunto é se comunicar com os usuários de redes sociais. Eles entendem melhor do que ninguém o que seu público gosta, a linguagem com a qual se identificam e até seus hábitos de consumo.

Nesse sentido, os criadores de conteúdo se mostram uma alternativa saudável, para ambas as partes, quando o assunto é publicidade digital.

A confiança nas marcas está aumentando

Se antes nós vínhamos de um cenário onde as pessoas estavam saturadas dos anúncios repetitivos da TV, e depois passamos por um momento de exaustão da inconveniência dos anúncios online, agora novas possibilidades se apresentam.

Um estudo da Nielsen demonstra uma preferência do público por conteúdos de marca pautados mais em cima dos valores da marca, do que em produtos.

Isso mostra que a decisão de compra está cada vez mais relacionada ao impacto que a marca gera no mundo. Mas não significa que a qualidade da entrega vai ser ignorada, hein?